sexta-feira, 18 de junho de 2021

BENZEDEIRA E REZA FORTE

BENZEDEIRA E REZA FORTE

21 Disse-lhe JESUS CRISTO: Mulher, podes crer-Me que a hora vem, quando nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai.

Evangelho de JESUS CRISTO segundo São João, cap. 4:21.



JESUS CRISTO e a Samaritana.



Obra de Giovanni Francesco Barbieri (1591-1666).

Pintor italiano.


Até hoje a Benzedeira

Reza uma criatura

Para melhorar-lhe a postura.


A Benzedeira.

 

Muita gente ainda Reza

E muito preza

Esta maneira simples

De se dirigir ao Pai

Que pode dar a Paz

Que ela procura.

 

“Prendi meus afetos, formosa Pepita...
mas, onde?
No tempo? No espaço? Nas névoas?
Não rias...
Prendi-me num laço de fita!”

Castro Alves (1847-1871).

 

Muita gente Reza numa cantiga,

Essa maneira antiga

De ao céu se elevar.

 

“Oh! que doce harmonia traz-me a brisa!
Que música suave ao longe soa!
Meu Deus! como é sublime um canto ardente
Pelas vagas sem fim boiando à toa!”

Castro Alves (1847-1871).

 

Muita gente até agora

De hora em hora

Faz uma Reza enorme

Quando se cobre

Para poder dormir,

Ou se descobre

Ao se levantar.

 

Muita gente Reza de verdade

Para que a Humanidade

Possa ser feliz.

 

Tem gente à beça

Fazendo uma Reza Forte

Para se livrar do bote

De uma serpente.

 

É essa Reza imensa

Que nunca diminui a crença

Do grande e pequeno devoto,

Que fez o seu voto

De fidelidade ao Pai Celestial

Que criou o seu Espírito Imortal

Numa Vida Eterna.

 

“Na hora em que a terra dorme
enrolada em frios véus,
eu ouço uma reza enorme
enchendo o abismo dos céus.”

 

Castro Alves (1847-1871).

Poeta brasileiro.