sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Beleza real


       Será que alguém pensa que beleza é ter um rosto bonito e formas perfeitas? Claro que não é, pois isto o tempo desfaz.

 

 

Beleza real

 

Como és formosa, querida minha, como és formosa!

Os teus olhos são como os das pombas e brilham através do teu véu.

Os teus cabelos são como o rebanho de cabras que descem ondeantes do monte de Gileade.

 

Cântico dos Cântico de Salomão, cap. 4:1.

 

Beleza real,

É aquela afinal,

Que não se acaba com um tempo,

Que é apenas um momento,

Na Eternidade.

 

Ela nasce no espírito

E não morre num corpo,

Que fica exposto,

Aos anos que passam,

E que apenas arrastam,

Corpos de carne,

Que se desfazem num vale,

Para formar novos corpos.

 

A beleza da alma,

Que no íntimo mora,

Jamais vai embora,

Com o passar das eras,

Simples quimeras,

De tempos irreais.

 

Ela semeia pela estrada,

O que vai no seu interior,

Onde reside um amor,

Que jamais se definha.

 

Não tem medo do passado,

Não teme o presente,

Porque tudo pressente,

E convive com o futuro.
 
 
Esta flor tem beleza real? Não! Por quê? Porque se acaba com o passar do tempo ao qual está sujeita.

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